terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Doença é um conflito entre personalidade e a alma"



O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.

E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?

A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a Felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ, abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS!

Bora cuidar do corpo, alma e espírito!!! O dia está só começando...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ponto de vista.

Certa vez, em um bate-papo com um ex-professor e atual-amigo, ele disse:
"Mesmo dando aula há tantos anos, ainda me bate uma insegurança, um frio na barriga antes de entrar em sala. Nessas horas eu sinto que ainda estou vivo. Se sentir confiante demais e com certeza demais é ruim. Limita as possibilidades." 
Isso foi sábio não foi?!?

Essa ideia que devemos saber tudo de onde veio? Onde está escrito que politicamente devemos ser 100% certos e 0% medrosos? Pra mim nada disso é funciona! Tenho Medos grandes e pequenos, assim como tenho Sonhos na mesma proporção. Gosto de ser assim. Sou a favor da média. Sempre fui. Em tudo e pra tudo.

Ok, antigamente isso me preocupava, porque meu íntimo questionava o motivo disso... Pensava: "será que é insegurança demais?" Questionava sozinha frente ao espelho, olhando nos olhos. Tinha dificuldade em optar, escolher, dar razão para um dos lados era difícil demais, sempre que precisava escolher algo que envolvia dois lados, duas situações, duas pessoas (principalmente)  eu sofria. Agora sei, sofria porque o problema não era meu. Eu não tinha e não sabia optar. Melhor, não precisava fazer isso. Hoje sei que "tomar partido" é muito sério! Nossas escolhas devem ser estudadas com antecedência para não prejudicar ninguém, e nem principalmente á nós mesmas...

Penso também que esse friozinho na barriga, o suador nas mãos, o disparo do tumtumtum do coração, ou até mesmo a gastrite nervosa gritando, é o sentido da vida! É a alerta do poder e da força que temos internamente, para seguir adiante, correr riscos, ultrapassar limites,... Chamo tudo isso de Vida (como meu antigo amigo professor)!!!

Gente, as pessoas hoje em dia têm medos de menos, certezas demais. Todas sempre estão certas, e se não tivermos cuidado nos tornamos alvo dos acertos, das cobranças. Não vamos ter medo de ter medo. Não vamos ter vergonha de não saber. Vamos encontrar a dosagem certa da vida. Ninguém sabe de mais e nem de menos...  até porque não existe certo ou errado, o que existe são pontos de vista.

E no meu ponto de vista: O que temos que praticar e compartilhar são experiências...

#ficaadica

A paciência esgota-se porque stock no cérebro é limitado


Agora sim entendo! Minha paciência nunca se esgotou, eu que usei-a demasiadamente... (hehehe)

Tudo explicado em :
A paciência esgota-se porque stock no cérebro é limitado


Áreas de resposta cerebral analisadas por ressonância magnética 2012-07-09

Paciência de voluntários analisada através de imagens de ressonância magnética

Um estudo conduzido por uma equipa de cientistas na Universidade de Iowa (Estados Unidos) mostrou o que acontece no cérebro quando determinada pessoa fica sem paciência. Segundo o neurocientista William Hedgcock, existe uma capacidade limitada no cérebro para o autocontrolo, que vai diminuindo “conforme o uso”.



Para a investigação, a equipa usou imagens de ressonâncias magnéticas, que dispunham a actividade cerebral de voluntários durante a realização de tarefas que exigem autocontrolo. As imagens mostraram que a actividade no córtex cingulado anterior – uma área responsável por reconhecer situações que exijam o domínio dos impulsos – permaneceu estável; e na zona do córtex pré-frontal dorsolateral, responsável por manusear o autocontrolo e pela escolha das melhores respostas para as situações problemáticas, não permanecia igual.

Esta área é activada com menor intensidade depois de cada esforço, dando sinal que “a paciência vai se esgotando”. O cientista interpretou esses resultados como uma prova de que as pessoas não têm problemas em reconhecer situações que provoquem ansiedade e exijam autocontrolo. No entanto, é mais difícil manter a calma e tomar as melhores decisões se o stresse for contínuo ou recorrente.



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"O insustentável preconceito do ser!"

E não é que esse texto nos faz pensar: Será que realmente vale tudo, nessa vida???
Vale o preconceito, a arrogância, o racismo... O que afinal, nos faz sentir superiores ou melhores em relação á alguem???
Repito o que eu disse para a Silvana Moretti (amiga de bons e velhos carnavais) logo que li esse texto: "UAU! Me deu até uma dorzinha na língua... precisamos mesmo de uma sacudida pra finalmente notar o ponto que chegamos... onde vamos parar assim???"
Lamentável... mas vale á pena ler:  O insustentável preconceito do ser!

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.

Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:
- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!
- Então estarei em casa, repliquei ironicamente.
- Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.
- A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?
- Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.
- Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.
- Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar....

De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.

Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.

Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:
-O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:
"O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor".

"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.

A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constrangimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.

O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:
'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).


Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra, os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. “A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém”.

Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?

A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos" , mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:
- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social!

E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?

Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve freqüentemente:
- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!

Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:
-Só podia ser loira!

Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:
- Só podia ser judeu!

A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia...,

Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem". Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.

A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável. O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorância e alimenta o monstro da maldade.

Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcoólatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:
-Só podia ser mendigo!


No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:
-Só podia ser bandido!


Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.


PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos.


(Rosana Jatobá - jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo)