terça-feira, 23 de agosto de 2011

Um pouco sobre "Lya Luft"


Hoje li algumas coisas de “Lya Luft”. Sempre fui sua fã incondicional. Desde a época do ginásio, quando existia a disputa em sala de aula (6ª, 7ª e 8ª séria) pela melhor nota. É verdade! Mensalmente, quem se destacava com a média, ganhava da professora (de Português) “Cleide”, algum livro de literatura, um romance, uma biografia ou uma poesia. E sempre acompanhado com um comentário da professora, parabenizando de alguma forma... Era um tremendo orgulho! Aliás, acho que foi desde então que despertou essa minha paixão pelo nosso Português, foi assim que surgiu o Amor por ler e escrever! Nem sei se essa professora imagina o bem que fez á mim, e acredito que á outros alunos dessa época... (inclusive me lembro da Dejanira – acho que era esse o nome da minha amiga e concorrente fiel, da época – risos – nunca mais á vi). Bom, numa das vezes tive a sorte de ganhar algo escrito por Lya Luft. Um texto, um livro, não me lembro bem o que era, mas nunca mais esqueci seu nome...

Essa escritora é realista, seus textos de fácil entendimento. Sempre me identifico com eles, e por isso adoto-os imediatamente ao meu mundo, não tem como ser diferente. Prova disso é o texto abaixo, quem me conhece vai saber bem o que quero dizer - veja:

"Sou dos escritores que não sabem dizer coisas inteligentes sobre seus personagens, suas técnicas ou seus recursos. Naturalmente, tudo que faço hoje é fruto de minha experiência de ontem: na vida, na maneira de me vestir e me portar, no meu trabalho e na minha arte. Não escrevo muito sobre a morte: na verdade ela é que escreve sobre nós - desde que nascemos vai elaborando o roteiro de nossa vida. O medo de perder o que se ama faz com que avaliemos melhor muitas coisas (fosse eu a escrever, só completaria essa frase com: “e atitudes”). Assim como a doença nos leva a apreciar o que antes achávamos banal e desimportante, diante de uma dor pessoal compreendemos o valor de afetos e interesses que até então pareciam apenas naturais: nós os merecíamos só isso. Era parte de nós. O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, (que lindo isso!), faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância. Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes. A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura. Às vezes é preciso recolher-se."
[Lya Luft].

Ligeira impressão que o texto foi mesmo escrito pra mim. É um resumo sobre mim! Tudo tão real!!! Ás vezes é preciso recolher meus comentários...

Apenas destaco um único (num aguento – risos), que passou rapidamente por aqui: ‘se por acaso aparecer um novo amor, vai servir para apimentar esse frio! Hummmmm... ’ - risos.

Que segunda fria!!!! Ainda assim, meu coração bem aquecido!!! Graças a Lya, e a Cleide!

Só tenho á agradecer ás duas por me fazerem acreditar sempre no amor, no ser humano, na língua portuguesa e na educação (em todos os sentidos)!


(22-08-11 - 12h51min)



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